novembro 03, 2010

whatever

Eu não sei porque diabos eu me sinto assim. Sério, desde o começo eu disse pra mim mesma que não me envolveria e a cada beijo eu pensava que eu não estava apegada, que eu estava sacando a sua e que eu talvez soubesse como lidar com isso. Eu me enganei, redondamente.

A verdade é que cada espera por uma ligação, a expectativa de que você respondesse à alguma mensagem minha por mais fútil que fosse... Existia, realmente existia. Estou longe de chamar tudo isso de amor, bem longe disso. No fundo, eu dizia pra mim mesma: "Não acredite, você conhece os caras como ele, na primeira ocasião que você der, ele vai pular fora, ele não vai assumir e o quanto mais ele puder aproveitar, vai ser melhor pro ego dele."

Eu lembro de tudo que aconteceu e me sinto uma criança. Eu realmente me sentia uma criança do seu lado, e não posso negar que quando você me olhava nos olhos e acariciava a minha bochecha enquanto estávamos deitados na cama, eu desejava que você sentisse algo além da atração.

Talvez você tenha sentido, mas eu não conseguia me permitir a admitir que gostava de você nem pra mim mesma, quem dirá pra você. Talvez tenha sido por isso que nada tenha funcionado. Passei tanto tempo me prevenindo que não te deixei espaço e nem tive ações que te encorajassem a me mostrar algo. Foi a porra do meu orgulho, eu sei.

Eu sabia que você não queria nada, eu sabia. E tudo se comprovou quando você não disse nada quando eu terminei. Na verdade, eu terminei porque eu senti que fim estava chegando, e eu não iria suportar os dias que iriam seguir se eu te deixasse terminar. Talvez ambos sabíamos que era uma brincadeira. Talvez eu, no seu lugar, teria feito a mesma coisa, mesmo desejando continuar. Mas eu duvido um pouco que você tenha desejado isso.

Nos meus relacionamentos, um "Eu te amo" sempre foi fácil de obter após uma semana com a pessoa, ou até menos. E sempre foi em momentos esperados. O seu eu não tava esperando. Agora eu não consigo tirar a imagem da minha cabeça. E, na verdade, eu não sei porque isso aconteceu. Quando eu vi, eu pensei "Hahah, boa tática amigo", mas a verdade é que cada molécula do meu corpo se contorceu. Mas eu não sabia se deveria responder, porque eu não sabia se o que eu ia dizer realmente teria toda a intensidade que deveria ter. E eu não estou mentindo, ou falando isso por causa do meu orgulho... Eu realmente não sabia.

Mas enfim, acabou. Não diria que você quebrou meu coração, ou coisas dramáticas do tipo. E é esse o problema, você não teve nenhuma atitude realmente deplorável pra que eu possa te odiar... Além das coisas habituais como não me ligar, demorar anos pra responder uma mensagem, me fazer esperar e essas coisas que todo homem faz. Eu apenas te odeio por ter me feito sentir bem, e essa é provavelmente uma das coisas mais contraditórias que eu já disse em toda a minha vida. Já se passou mais de um mês e eu ainda não consegui entender tudo isso. Eu estou bem, juro. É só que acho que lembro de você pelo menos uma vez por dia. E eu sei que você não lembra, o que faz com que eu me odeie. E talvez te odeie também.

Se eu te ver, pode ter certeza que eu farei o máximo e usarei muito da minha força pra lutar contra a vontade de ir falar com você; vou fingir que não te conheço. Mas eu espero que eu não te veja.

E, na verdade, eu nunca te conheci.

Um comentário:

Simone disse...

Acho que quando projetamos demais no outro dá nisso...
Algo prende...e não conseguimos ser nós mesmas.
O que outrora era normal e fluente...com a pessoa que mais desejamos se torna dificil-estranho incompreesível.
Porém é o que fica constante na mente...nem mesmo entorpecente para aliviar essa demência.
Por que q a gente é assim?
Me odeio por amar assim...