janeiro 31, 2010

auto-suficiência

eu perdi minha inspiração.

o mundo me dá nojo, e as atitudes das pessoas me desesperam. a cada dia mais as pessoas que você pensava serem sinceras, aquelas pessoas que te diziam coisas maravilhosas, as pessoas que no dia do seu aniversário te escreveram um discurso cheio de frases clichês, mas que por cada palavra parecer ser sincera, você acreditou firmemente naquilo. as pessoas que falaram que nunca te deixariam cair, hoje te apunhalam pelas costas e te deixam no chão, observando a grande e vermelha poça de sangue que se forma.

as pessoas só querem usufruir do que você tem, e depois cuspir na sua cara todos os erros, todas as coisas nas quais você falhou. cuspir e te deixar culpada, dizendo que você as fez sofrer.

agora, eu acho que eu aprendi que os amigos de verdade, durante toda a sua vida, não serão mais de 10, e cada um em diferentes épocas. porque todo o resto, todas aquelas pessoas que pretendiam te amar, que falaram que poderiam ir até a lua por você, apenas te abandonaram, deixando com você a sua dor. a dor que elas causaram.

eu quero ter esperança de que as pessoas podem mudar, que elas podem ser pessoas boas e confiáveis. mas a cada dia, a decepção é maior. o negócio é ser auto-suficiente.

janeiro 25, 2010

junk, melvin burgess

você é... todo mundo e ninguém. você é o que você quer ser. e quando nós somos nós mesmos, mesmo se nós comemos coisas ruins elas têem um gosto bom, apenas porque nós as comemos. a gente pode até lamber o cu delas, se necessário. vocês já escutaram os professores, os pais, os homens políticos? eles dizem: "se você rouba, você é um ladrão ; se você transa, você é uma puta ; se você se droga, você é um junkie". eles procuram se infiltrar no seu cérebro e te controlar pelo medo.
talvez você pense que os seus pais te amam. portanto, se você faz coisas "más", eles tentarão te destruir como os meus me destruíram. é a punição por ser você mesma. não se deve jogar o jogo deles. tudo que eles falam não tem nada a ver com você: você é fantástico.
eu fiz tudo. tudo. tudo que você possa imaginar, eu fiz. tudo que você nunca fez, tudo aquilo que você sonha, tudo que te dá vontade, mas que você esqueceu imediatamente se dizendo que você não teria nunca coragem... eu fiz ontem, enquanto você dormia.
e você? a sua vez, é quando?

janeiro 24, 2010

bem que a minha mãe disse que nunca uma mulher deve amar um homem mais do que o homem a ama. sou a pessoa mais burra desse mundo.
e já tinham me avisado.

janeiro 21, 2010

e tinha aquele cara lá. tinha você também, e tinha ele. mas eu não quis ninguém. eu quis apenas eu mesma, eu e meu amor próprio. porque o que fode com as pessoas é amar. você dá à outras pessoas a liberdade de entrar dentro de você, o poder de bagunçar a sua cabeça de foder com o seu coração a qualquer hora. elas ficam ali, fungando no seu pescoço, murmurando coisas no seu ouvido, coisas que te poderão te fazer dar a porra da liberdade de entrar dentro de você ; bobeie e elas estarão babando no seu travesseiro. isso quando não desaparecem né.
tive muito. e de muita coisa apenas sobraram essas cinzas de cigarro, as xícaras com marcas do café que secou, os livros lidos pela metade. e esse silêncio.

janeiro 19, 2010

"J'ai longtemps parcouru son corps,
effleuré 100 fois son visage, j'ai trouvé de l'or
et même quelques étoiles en essuyant ses larmes
J'ai appris par coeur la pureté de ses formes
parfois, je les dessine encore.
il fait partie de moi.
Je veux juste une dernière danse,
avant l'ombre et l'indifférence.
un vertige, puis, le silence.
Je veux juste une dernière danse.
Je l'ai connu trop tôt mais c'est pas de ma faute
la flèche, a traversée ma peau.
c'est une douleur qui se garde,
qui fait plus de bien que de mal. (...)
il fallait seulement qu'il respire,
merci d'avoir enchanté ma vie."
Kyo - Dernière Danse

janeiro 18, 2010

olha, eu passei o dia inteiro, inteirinho (as pessoas sempre acham legal essas coisas enfáticas) fugindo da maldita hora em que eu pensaria em você. digo, que meu consciente pensaria em você ; porque você mora no subconsciente. fiz as pesquisas de latim e os exercícios de história, mas no caminho pra casa, você veio. saco, saco, saco. mas não pude me impedir de eu saborear cada lembrança que veio na minha cabeça, e essas lembranças me fizeram sentir o arrepio, o frio na barriga e o aceleramento dos batimentos do meu coração que eu tinha sentido quando tinha vivido esses momentos. você desperta aquelas sensações e pensamentos mais imbecis em mim, você me faz ouvir essas malditas musiquinhas bregas da atualidade só porque apenas uma frasezinha me faz pensar em você. e eu ainda tô postando no meu blog sobre tudo isso.
você me faz ser extremamente ridícula. eu te odeio.

janeiro 17, 2010

vide

e esse vazio? vai me servir pra que? e a incerteza, a indecisão? onde elas vão me levar? a cada dia tento me levantar com um objetivo na cabeça, mas eu nunca consigo controlar as minhas vontades. e por que querer fazer alguém feliz e o fato de simplesmente não conseguir controlar os seus sentimentos te impede de se concentrar em tal coisa? por que?

as coisas poderiam ser tão mais fáceis. era só eu ser feliz te fazendo feliz e tudo daria certo. eu sei que você quer me fazer feliz, mais se os meus sentidos não quiserem?

eu só sinto esse furo, essa insatisfação, a indecisão, a incerteza. já não posso afirmar mais nada.

listening: O Astronauta - 2ois

melosidades à parte


eu poderia escrever durante horas e horas sobre o que eu sinto por você. sobre o quanto é bom sempre ter um pouquinho desse sentimento.

eu conseguiria detalhar o cheiro da sua pele com facilidade, o gosto do seu beijo também. eu poderia parar de viver apenas pra ficar encaixada nesse seu abraço que parece ter a minha forma e ser feito apenas pra mim. se eu quisesse, também rememoraria cada instante do seu lado, cada brincadeira besta, cada conversa fútil, cada risada espontânea.

você consegue fazer com que eu queira te dar o melhor de mim. você é o único que até hoje eu acredito que é com quem um dia tudo pode dar certo, que tudo pode se encaixar e entrar no lugar.

o jeito que, ao olhar nos seus olhos, minha mente e alma se esvaziam, é impressionante e inenarrável. de tão lindo que foi cada momento que eu passei com você, eu tenho vontade de chorar de felicidade.

quem me conhece, sabe que eu odeio esses amores exagerados, essas melosidades exageradas. mas com você, eu simplesmente não consigo evitar isso. eu sou uma boba e idiota completa a cada vez que eu consigo te fazer sorrir, a cada vez que eu vejo os seus olhos castanho-escuro brilharem ao olhar pra mim. eu tenho vontade de arrancar meu coração do peito e te dá-lo.

e apesar de todas as mentiras, das ausências, das brigas e dos gritos, dos desentendimentos e desculpas, eu tenho vontade de acreditar em tudo isso. ainda mais quando você diz que me ama, quando você implora e me diz pra acreditar no que você diz, acreditar que eu realmente significo muita coisa pra você.

você é o único que apesar das minhas loucuras, vai-e-vem's, das minhas quedas, dos meus defeitos e reclames, ainda ficou lá, insistindo que me ama, me dizendo pra não desistir, que a nossa hora vai chegar.

de todo meu coração, eu quero acreditar no que você diz, eu quero acreditar que a gente ainda vai dar certo, que isso nunca vai acabar e que eu e você sempre formaremos um só e uma só história ; não uma história perfeita, mas uma história importante o bastante por ser nossa. mas às vezes eu tenho medo, eu tenho medo de me jogar, de você me esquecer, da gente se perder, de você achar alguém que você ame mais do que eu. eu tenho medo de tudo isso acabar sendo apenas mais um jogo, e um nome a mais na minha lista de casos que não deram certo.

eu tenho vontade de sair pela rua, fazer loucuras por você, gritar pelos quatro cantos do mundo o quanto eu te amo, o quanto eu quero que tudo um dia dê certo, o quanto eu quero te abraçar e te ouvir dizer "estou aqui". quero te ver toda vez observando meus olhos enquanto eu assisto televisão ou um filme no cinema, quero sentir você detalhando meu rosto, quero acariciar seu cabelo todo dia e quero o cheiro do seu shampoo impregnado nos meus dedos.

eu quero ouvir você gaguejar quando você se declara. quero ouvir sua voz nervosa no telefone antes de desligar, perguntando à você mesmo se agora é a hora de dizer um "boa noite, eu te amo". eu quero estar com você e ter sempre a sensação de que o mundo pode se acabar lá fora, mas enquanto eu estiver nos seus braços tudo vai estar bem.

eu quero ouvir sua respiração fazendo cócegas no meu ouvido e os batimentos do seu coração sendo o soundtrack de cada dia da minha vida. não sei porque, você me faz acreditar que talvez os contos de fadas não estejam extintos.

você não é um romântico nato, mas sabe exatamente como me agradar.

a gente ainda tem muita coisa pra viver. e o destino vai decidir qual será a hora do "felizes para sempre", e enquanto isso, a gente vai saboreando e devorando cada momento das prévias dessa felicidade que ainda vai vir. pra ficar.

porque um dia, isso tem de dar certo.

janeiro 16, 2010

disfarce


daqui te vejo turva, até diria suja. diria, mas não digo. não à alguém que sequer sabe ouvir.

antes de você, existe o seu medo ; então o disfarce para o mundo. depois, um disfarce para esse disfarce e só então uma sombra de um protótipo de qualquer coisa pra esconder tudo. você se esconde, você mente, e está perdida aí dentro.

morra. tente morrer, mesmo que superficialmente, esse é o seu modo. mostra esse teu sangue de groselha, viva sua insignificância, mas viva algo. sinta alguma coisa. você é rasa, você é um número. você é um resto de confete sujo que alguém chutou pra baixo do sofá. você dança abraçada a uma almofada no fim da festa, o olho sujo de tinta ; amarga. isso quando ninguém está olhando.

viva. tente viver. se encontre debaixo dessas tintas e vernizes. beba, cheire, injete, bota algo aí dentro, um sopro, densidade. algo que corra e te arraste junto. ou então, desaparece. ache uma estrada, segura na mão de Franck Black e vai. esqueça as historinhas que inventou. as mentiras. leva essa insipidez, o gosto musical equivocado, o corte de cabelo sem propósito, a meia dúzia de opiniões vazias. e vê se some da minha frente.

janeiro 02, 2010

clichê de ano novo

Está na hora de ir para casa. Está na hora de recomeçar, devagar, sem saltos do motor. Sem pensar de mais. Com uma única pergunta. Será que um dia voltarei a chegar lá acima, aquele sitio tão difícil de alcançar? Ali, onde tudo parece mais bonito. E no instante em que faz a pergunta, infelizmente, já sabe a resposta.
em Três Metros Acima do Céu, de Federico Moccia (recomendo!)

*

ah, o ano novo!

quando você faz aqueles milhares de promessas que você sabe que não vai cumprir. quando você nem vê que deu meia-noite porque estava muito bêbado pra isso. quando, no primeiro dia do ano, você se encontra com a cabeça no vaso sanitário colocando pra fora tudo o que tinha dentro de você, até as promessas, porque você as esquece.

enfim, mas o ano novo, é, além de tudo, o começo de um ano novo (sério? não diga!). tudo novo, talvez hábitos que continuarão os mesmo, maus hábitos que serão mudados (ou não), coisas novas que serão descobertas, pessoas novas que serão conhecidas, novas oportunidades, novos amores (ou quem sabe o mesmo que não pára de te surpreender), novas risadas, novas lágrimas, novos aprendizados...

eu, pessoalmente, adoro começos de ano. você tem uma oportunidade nova de fazer as coisas erradas, se tornarem certas, de começar um ano com muitas coisas que foram aprendidas no ano anterior. existem esperanças, força de vontade pra fazer algo melhor, força de vontade pra ser alguém melhor.

2010 chegou. pronto ou não, é hora de fazer acontecer.
viver e esperar, o melhor está por vir.