agosto 02, 2010

« Eis que o amor zomba de mim e quer ridicularizar-me. Levou-me onde a esperança é considerada crime e os desejos, uma infâmia. Obedeço-te, oh amor. Que queres de mim? Segui-te por caminhos de fogo, e me queimei. Abriste meus olhos, mas só vi as trevas. E me desligaste a língua, mas só posso falar de sofrimento. O desejo provocou em mim uma fome que só os beijos do amado satisfarão. Sou fraco, oh amor, e tu és forte: por que me agrides? Tu és meu apoio: por que me humilhas? Sou inocente, e tu és justo: por que me condenas? Tu me criaste: por que me abandonas? Se meu sangue te desobedecer, pare-o; e se meus pés não te seguirem, paralisa-os. Faz o que quiser com este corpo, e deixa minha alma viver nestes campos serenos, na sombra de tuas asas. »

Não fui eu que escrevi o texto, e não sei quem foi, nem onde eu peguei. Acabei de achar nas minhas coisas, no meio de umas folhas... Achei que merecia ser postado aqui.

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