agosto 14, 2010

Apenas porque esse texto diz tudo o que tá entalado aqui faz uma semana. Ou mais.

E podemos considerar que fazem hoje os sete dias esperados. Não completos, por conta das recaídas que todos temos, afinal, humanos. Humanos, sempre. E não foi a primavera que se foi e levou meu amor, foi o outono, com a chegada do inverno. Dizem que é a estação menos apaixonante, por causa do frio, já acho ao contrário. Vejo cenas lindas de amor começando numa tarde de inverno. Uma tarde muito fria, com pés calçados e mesmo assim gelados. O cachecol não protegendo o pescoço de seus lábios quentes, ah, nessas tardes frias-mortais de inverno, um moço se apaixona por uma moça. Na minha história de vida, a paixão normalmente acaba no verão, mas agora a paixão não acaba, o que vem é o medo de continuar. O medo estraga tudo, né? Ah, se eu te ligasse agora e pedisse pra voltar pra mim que sem você não sou absolutamente nada e que eu preciso dos teus lábios para aguentar esses dias de luta, onde ultrapassamos pessoas sem olhar nos olhos delas, somente à procura da sobrevivência, se eu te ligasse agora ao som de uma música bem piegas, boba, o que você faria? Pois é, você não saberia o que fazer. Você não sabe mais o que fazer. Você nunca soube o que fazer, me desculpe a franqueza. A questão é: te vira nos trinta que a minha paixão, meu amor, meu desejo por ti vai se dividindo em bolhas de sabão que se destroem ao toque de qualquer matéria. Tá doendo, mas vai passar mais rápido que essa semana. Só isso mesmo, fim.

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