agosto 27, 2010

30 e poucos anos de Nadine Kite

"E amor, pensando bem, não passa de uma espécie de palavrão. Mas tinha qualquer coisa a ver com o que existia entre mim e Linda - amor. Era por isso que a gente sofria privações lado a lado, bebia e morava junto. O que significava o casamento? Apenas uma foda santificada, e toda foda santificada sempre, em última análise, acaba infalivelmente ficando chata, transformando-se em obrigação. Mas é isso mesmo que o mundo quer: algum pobre filho da puta, encurralado e infeliz, com uma obrigação a cumprir."
Charles Bukowski.

- E outra coisa - disse, histérica, depois do bipe. - Esse é um recado pra você. EU MENTI! - gritei, a adrenalina quase escorrendo dos meus ouvidos. - Eu menti quando disse que não queria você, ok? M-E-N-T-I. Porque eu queria sim. Eu realmente queria. Eempre quis e ainda quero. E... e... Eu estou bêbada. Estou muito, muito bêbada. Estou chapada. Andei pensando em várias coisas e pensando nas nossas coisas. E senti falta de tudo, senti falta de você, e eu menti. só quero que você saiba que eu menti. Tenha uma boa vida. Adeus. Eu vou te amar pra sempre. Adeus.
E tentei desligar o telefone; tentei de novo e de novo, mas o fone recusava-se a entrar no gancho. Lembro que naquela hora eu me senti satisfeita, bastante satisfeita com o encaminhamento das coisas.

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