setembro 29, 2010

"O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece."
Charles Bukowski.

A gente se acostuma a essas coisas. E acha que se o moço quer bem a gente hoje, também vai querer amanhã. E depois de amanhã. E pra sempre. Eu achava que isso devia ser bom, mas, hoje, “pra sempre” me assusta muito, muito, mas muito mesmo.

Meda-pânica-horrora.

Eu aprendi que amor dura pro resto da vida – quiçá da morte – e o resto é balela. O que quer dizer que não vai dar pra te amar hoje e amanhã já não estar bem certa disso.

Foi assim que o dilema começou.

Eu fitando os olhinhos castanhos mais verdes do mundo. Aquele par de olhos que me faz sorrir mesmo quando eu estou chorando. E lá dentro da minha cabeça vem aquela voz maldita: “é, minha filha, cê tá ferrada… cê ama esse rapaz aí”. Lascou-se: digo ou não digo?

E se amanhã eu não amo mais? E se amanhã eu conheço um dos dez mil que eu amaria mais se conhecesse? Pior, e se eu digo que amo e ele não diz nada?

Devia ser tão simples. É só amor. Só um bem-me-quer na flor dele. Pouco importa se amanhã a flor vai mudar de resposta.

Válido só pra hoje: oi, eu te amo!

chá-tice

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