janeiro 10, 2011

queda livre

Acho que consigo contar nos dedos de uma mão quantas vezes eu escrevi sobre você. Digo, falando sobre o que eu sinto, essa coisa boa ; que chega a ser até aconchegante.

Admito que me faltam palavras e que, agora, enquanto escrevo, sinto esse nó na garganta. Sinto tanta saudade que estou anestesiada. Eu tenho uma dificuldade enorme em descrever tudo o que eu sinto e senti. E não sei porque.

Te acho tão forte e ao mesmo tempo tão frágil que sinto uma necessidade em te abraçar, te proteger mesmo com um tamanho e força insignificantes. O que eu sinto não é algo que eu queira gritar ao mundo inteiro. Não por vergonha, medo ou qualquer outra coisa, porque não sinto nada disso em relação a esse sentimento. É que eu tenho vontade de dizer só e apenas pra você. Com outras pessoas, acho que sempre tive essa necessidade de afirmar o que sinto, dizer que quero dizer à todo mundo, todas as pessoas do mundo.

Mas com você, eu não tenho essa vontade. Eu tenho vontade é de sussurrar um "eu te amo" clichê na sua orelha, como se fosse um segredo só nosso, sabe ? E de qualquer forma, eles não entenderiam nada do que nós, apenas com um "oi", entendemos.

Toda a conversa no telefone, nas entrelinhas eu só escuto "estou com saudades, sinto sua falta, te amo", como se fossem gritos, como se as palavras estivessem ali, pulando e flutuando, e a gente tentasse protege-las.

Eu gosto de quando você se sente à vontade sendo você mesmo comigo, eu gosto de quando a gente sobre nada, dizendo tudo. Gosto dessa liberdade em poder te contar tudo sem medo, sem pensar "mas o que é que ele vai achar ?". Gosto de não medir minhas palavras e dizer tudo sabendo que você vai entender.

Eu sinto saudade. Uma saudade apertadas e filha da puta. Sinto saudade do seu abraço, do seu beijo e do seu jeito de me tocar. Do seu jeito de me proteger e me olhar. De falar comigo e me olhar nos olhos. E agora, algo me falta. Algo de tirar o fôlego.

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