Com a alma vazia, eu sigo.
Andei pensando no infinitamente grande. Andei pensando no infinitamente pequeno. Na nossa insignificância. Na nossa impotência quando nos damos de cara com a fatalidade. Quando esbarramos na linha tênue que existe entre "buscar os seus sonhos" e "forçá-los".
Reclamamos durante as vinte e quatro horas do dia. Sonhamos todos com aquela naturalidade da vida, sonhamos com a felicidade que vai vir tocar nossa campainha. Sonhamos tanto que acabamos contratando alguém que virá tocá-la. Fingimos a paciência. Pretendemos a calma. Respiramos fundo e vamos arrancando os cabelos um a um.
Percebemos que as coisas podem nunca chegar. Que somos uma catástrofe natural, e, pelo amor de deus, como alguém em sã consciência poderia vir nos procurar por pura e espontânea vontade ? Vamos esvaziando os cinzeiros, tentando renovar as esperanças. Enchemos os pulmões de oxigênio e pretendemos ir à luta. Mas... que luta ? Lutar contra quem ? E por que ?
As perguntas nos prendem em casa.
Necessita-se tempo e coragem pra ir lá fora buscar as respostas.
Necessita-se saber que quebraremos a cara. Todo santo dia.
Vale a pena, disseram.
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