outubro 27, 2010

« It's all so different now, emotions burn me out.
I have a lifeless touch, this distance leaves no doubt.
I fear it all too much but part of me believes.
As the years pass away you made me recognize,
I’m lost and lonely, scared and hiding.
Blind without you. »

outubro 26, 2010

just because i don't talk about my feelings doesn't mean they don't exist

Eu sempre me esforço e tagarelo sobre eu e minha vida durante as nossas conversas. E eu não sei quase nada sobre a sua vida além do que me contam aleatóriamente: maconha, pegadas e xavecos. Dessa vez brinquei de inverter os papéis e dei as mesmas respostas sem interesse algum que você dá quando eu tento saber da sua vida. Essas respostas vagas que sempre me deixaram com pontos de interrogação na cabeça. Acho que você não gostou. Percebeu tudo que eu engulo e deixo passar quando a gente se fala?
Sempre tagarelei pra me esforçar, mas quando foi a sua vez de fazer um mínimo e falar de você... Nada. Na minha cabeça um relacionamento é composto de duas ilhas. Existem milhares de ilhas, e duas delas podem se ligar pra então nascer um relacionamento. Pra ligar essas ilhas e um poder ter acesso ao terreno do outro, precisa construir uma ponte; não importa quão longe a ilha esteja, o quão seja difícil, a ponte ligará cada coisa, os corações, bababá. E eu não vejo no que você me ajuda a construir essa ponte. De que serve tudo isso se só eu me esforço pra construir a ponte que nos liga? Do seu lado fica um vão. Falta algo ali, falta a sua força de vontade. Do que adianta eu fazer algo se não funciona dos dois lados? Pois é. Você faz um pouco e acha que é muito. Não vejo nenhuma vontade de obter o que quer com tão pouco esforço, meu amigo.
Já joguei meu orgulho fora por você várias vezes, sua vez. Não sou idiota, também tenho amor-próprio, querido.

outubro 21, 2010

Se existe um sentimento mais devastador que a decepção? Provavelmente. Mas a decepção é uma das piores coisas que pode se sentir.

É difícil de aceitar quando alguém te decepciona, fazendo coisas que você nunca imaginou que ela poderia fazer. E não é preciso que tal ação tenha um contato direto com você; às vezes não tem contato algum. Apenas uma ação, que pode mudar todo o seu conceito sobre uma pessoa. Só uma ação...

Essas coisas estúpidas por mais que sejam estúpidas são incorrigíveis. Tá feito, tá feito. O ato é estúpido, o objetivo é estúpido, e, francamente, eu esperava mais de você, bem mais.

Na verdade, achei que você tinha cabeça e espírito fortes. Mas me enganei. Pena.

outubro 03, 2010

É estranho. Estranho até demais sentir esse arrepio, sentir toda a minha carne fria, meu interior congelado apenas em pensar e imaginar você ali, sentado na minha cama, me olhando. Talvez conversando comigo, e ouvindo o que eu tenho a dizer. Conversando sobre o nosso futuro, quem sabe discutindo sobre um apartamento legal que a gente visitou.

Nos imaginar, ali, deitados na cama, sob os lençóis, olhando pro teto, e conversando sobre coisas aleatórias numa tarde qualquer em que nós conseguimos alguns minutos de folga.

É estranho sentir essas lágrimas que me pinicam os olhos, quando eu tento imaginar que meu celular bem que poderia tocar, uma mensagem chegar. Algo estúpido, como "ainda tá de pé pra hoje a tarde?", ou talvez um simples "boa noite", quando eu estivesse deitada na cama, prestes a cair no sono.

Estranho mesmo, é saber que eu já tive boa parte disso, que no futuro eu provavelmente terei, mas que agora eu não tenho mais. Que eu não posso te abraçar, que eu não posso olhar nos teus olhos e sorrir. Que eu não posso descer correndo a rampa do meu condomínio pra ir te encontrar, logo após ter feito uma das maiores burradas do mundo, e ter te magoado.

Te dar um beijo, no meio do trânsito, daquele tempo úmido pós-chuva, e pedir desculpas, antes de você entrar no carro e ir embora.

Sabe o que é mais estranho ainda? Eu te amar, e você me amar, apesar de tudo. Mas não poder te dizer isso frente a frente, e ter que esperar.

Você sabe, existe outra história paralela, não a mesma, uma confusa, cheia de vírgulas, alguns pontos finais, mas estes últimos são sempre seguidos de letras maiúsculas.

Mas, uma vez, você me fez esquecer tudo isso, quando eu estava com você, eu consegui ignorar. Talvez eu tenha esquecido que, com você, eu sou uma das pessoas mais fortes do mundo e que, juntos, se a gente quiser, podemos ir muito longe.

Será que é você?